A segurança no laboratório de análises clínicas é um assunto sério. Afinal, existem diversos riscos para todos os envolvidos nessa relação. Além das questões relacionadas à contaminação por agentes químicos ou biológicos, as informações dos pacientes também podem ser alvo de problemas.
Se você quer saber mais sobre como tornar o seu laboratório mais seguro e confiável, veja as dicas que listamos neste artigo!
1. Faça um mapeamento dos riscos
O primeiro passo para garantir a segurança no laboratório de análises clínicas é entendendo quais são os riscos aos quais as pessoas e a estrutura estão sujeitos. Para isso, é importante fazer um mapeamento para identificar todos os pontos que merecem uma atenção especial.
São diversos tipos de riscos, que variam de intensidade e gravidade de acordo com cada setor ou local. A seguir, vamos exemplificar alguns dos mais comuns.
Físicos
Os riscos físicos são aqueles que podem conferir danos físicos às pessoas ou estruturas e equipamentos. Uma rampa, por exemplo, pode ocasionar uma queda de uma pessoa. Uma porta de vidro pode ser mais difícil de ser visualizada, caso não tenha uma sinalização adequada. Isso interfere diretamente na experiência dos pacientes.
Biológicos
Os riscos biológicos envolvem o contato e exposição de micro-organismos causadores de doenças e enfermidades. Eles podem estar presentes no ar, em utensílios utilizados nas análises, em equipamentos, entre outros. Locais nos quais as amostras são manipuladas são mais susceptíveis a esse tipo de risco.
Químicos
Os riscos químicos estão relacionados à manipulação de substâncias durante a execução das análises. Como alguns tipos de reagentes são prejudiciais à saúde, eles demandam um cuidado especial em sua utilização e devem ser devidamente identificados.
Ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão ligados à postura de trabalho dos profissionais. Eles envolvem as alturas de mesas, cadeiras e bancadas, bem como o período de tempo que passam em pé ou sentados no decorrer do dia. Esses riscos causam problemas na coluna e em articulações, gerando até mesmo afastamentos.
2. Utilize protocolos padronizados
A segunda boa prática diz respeito à rotina do laboratório. A adoção de protocolos ajuda a manter a ordem e a execução dos cuidados necessários à segurança do local e das pessoas. Entre as principais ações, destacamos algumas das mais relevantes.
Adote práticas preventivas
A melhor forma de manter o laboratório seguro é adotando medidas de prevenção. O hábito de lavar as mãos com frequência e fazer o uso correto dos EPI’s fazem parte disso. Outra forma de se precaver é investir em sinalização adequada para que tanto os profissionais quanto os pacientes consigam se orientar corretamente.
Tenha planos de contingência
Cada um dos riscos que for listado no mapeamento deve ter um plano de contingência. Isso significa que, caso ele venha a ocorrer, a empresa tem um procedimento pré-estabelecido sobre o que deve ser feito. Por exemplo, o que deve ser feito caso alguém caia de uma escada ou como proceder mediante o contato direto com o conteúdo de uma amostra.
Mantenha a equipe treinada
As ações apenas surtirão efeito se as pessoas souberem o que deve ser feito. Logo, além dos planos de contingência, os colaboradores devem ser treinados em todas as rotinas do laboratório. De tempos em tempos, essas práticas devem ser revisadas, atualizadas e novamente repassadas à toda a equipe pela liderança.
3. Adote cuidados durante a manipulação das amostras
Outra questão de segurança em laboratório de análise clínicas que é muito importante é sobre os cuidados no cotidiano de análise das amostras. Como representam boa parte dos riscos enfrentados pelos profissionais, algumas atitudes são necessárias, como veremos a seguir.
Cuidados com a higiene e uso de EPIs
Os cuidados com a higiene fazem parte dos procedimentos básicos e obrigatórios em qualquer laboratório. As mãos devem ser lavadas a todo momento e as bancadas e utensílios devem ser mantidos sempre limpos e higienizados.
O uso dos EPIs também é de suma importância, pois reduzem a exposição do profissional ao risco. Luvas, avental, óculos, toucas, botas e demais equipamentos não podem ser deixados de lado de maneira alguma.
Identificação correta das amostras
Um cuidado muito relevante para a credibilidade do laboratório e para a segurança do paciente é a identificação correta das amostras no momento da coleta. O ideal é que elas sejam identificadas na presença da pessoa, mediante sua confirmação.
Protocolos rigorosos de segurança
É fundamental que haja rigor no cumprimento dos protocolos e regras estabelecidas. Os colaboradores precisam entender a gravidade desses cuidados para seguirem as recomendações à risca e evitarem falhas na segurança deles e dos pacientes.
4. Garanta a segurança dos dados dos pacientes
Por fim, com a informatização dos processos dos laboratórios, um novo problema de segurança requer atenção. Trata-se da segurança dos dados dos pacientes. Para evitar vazamentos de informações sigilosas, as ações abaixo precisam ser aplicadas.
Tenha uma política clara de sigilo
O sigilo das informações dos pacientes é algo muito sério. Diante disso, os profissionais devem estar cientes de que não devem falar sobre as amostras analisadas, divulgar dados de pacientes ou expor qualquer tipo de informação alheia.
Utilize softwares de confiança
Outra preocupação relevante é com a qualidade do software utilizado pelo laboratório para a gestão das análises e processos internos. Ele deve possuir dispositivos que impeçam que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas e evitem o roubo de informações.
Adote boas práticas de segurança de dados
Por fim, a parte comportamental deve complementar as travas tecnológicas. Por isso, é importante que se implemente uma cultura do cuidado com a segurança tanto das pessoas quanto das informações sigilosas que tramitam diariamente pelo laboratório.
Esses cuidados vão desde a confirmação da identidade do paciente antes de entregar resultados de exames até a adoção de senhas mais complexas para o acesso aos sistemas de gestão da empresa.
Cada um pode fazer a sua parte para melhorar a segurança no laboratório de análises clínicas e evitar problemas como vazamento de dados ou contaminações de pacientes por agentes biológicos nocivos à saúde. Juntos e utilizando as práticas certas, todos saem ganhando!
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