Uma pesquisa de empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóticas (Abramed) apontou que, entre março e agosto de 2020, o número de mamografias realizadas caiu 46,4% em relação ao mesmo período no ano anterior. Estas empresas representam 56% do total de exames realizados na saúde suplementar.
A situação do Sistema Único de Saúde (SUS) segue o mesmo padrão: entre janeiro e junho de 2020, foram realizadas 131.617 mamografias, 27% a menos do que no mesmo período de 2019 (180.093 exames).
MEDICINA DIAGNÓSTICA NO BRASIL
Estes percentuais refletem a situação atual da medicina diagnóstica no Brasil, que, ainda de acordo com a Abramed, previa a realização de 480 milhões de exames no primeiro semestre deste ano, dos quais foram realizados apenas 353 milhões — uma queda de mais de 36%.
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) divulgou a pesquisa “Câncer de mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena”, realizada com 1.400 mulheres de 20 anos ou mais, das classes A, B e C, de São Paulo, Distrito Federal e das regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife.
A pesquisa apontou que, apesar de 72% das entrevistadas afirmarem que vão ao especialista uma vez ao ano, 62% disseram não ir durante a pandemia por medo de contrair covid-19. 73% das mulheres pertencentes ao grupo de risco (com mais de 60 anos de idade) estão esperando o fim do isolamento para retomar consultas médicas e exames de rotina.
CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é causado pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama — alguns se desenvolvem mais rapidamente que outros. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres do mundo e do Brasil, e corresponde a cerca de 25% dos novos casos de câncer a cada ano.
Não há uma única causa para o câncer de mama. Fatores genéticos e comportamentais aumentam o risco de desenvolver a doença, assim como a idade — mulheres com mais de 50 anos precisam dobrar a atenção.
Os principais sintomas são mudança no formato da mama, nódulo na mama ou axila, afundamento ou refração, dor, saída de líquido de origem desconhecida, mudança na textura, dor constante na região da mama ou axila, ferida na pele, vermelhidão, ardor ou coceira.
AUTOEXAME
Cerca de 66% dos casos de câncer de mama são descobertos pelas próprias mulheres. O autoexame é muito importante para o diagnóstico precoce da doença, que aumenta a chance de cura.
Há três formas de fazer o autoexame: em frente ao espelho, no banho e na cama.
No espelho: Em frente ao espelho, observe sua mama. Deixe os braços abaixados e depois os coloque atrás da cabeça e também na cintura. Nas três posições, verifique se há alguma mancha diferente, vermelhidão ou alterações visíveis.
No banho: Após a verificação no espelho, já no banho, coloque um dos braços atrás da cabeça e apalpe os seios. Repita o movimento na outra mama.
Na cama: Deitada, faça movimentos horários e anti-horários em busca de possíveis nódulos. Na mesma posição, verifique se alguma secreção sai dos mamilos.
IMPORTANTE: mulheres que menstruam devem fazer o autoexame de 3 a 5 dias após a menstruação. Mulheres que não menstruam devem escolher uma data fixa para realizar o exame mensalmente.
OUTUBRO ROSA
Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente no mês de outubro com o intuito de conscientizar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha também procura disseminar dados preventivos e ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer.
Segundo o Instituto Oncoguia, mamografias são capazes de detectar pequenos nódulos de 1 milímetro até três anos antes da mulher conseguir senti-los na palpação. Com diagnóstico precoce aliado ao tratamento do câncer de mama ainda no estágio inicial as chances de cura chegam a 95%.
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