fbpx

junho 30, 2020

Seu laboratório faz o descarte do material gerado de forma correta? Os resíduos de serviços de saúde têm características diferenciadas que demandam cuidados especiais. Além do risco de contaminação em pessoas que tenham contato com esses materiais, ele também é prejudicial ao meio ambiente.

É fundamental, portanto, seguir as orientações da ANVISA para evitar não apenas esses problemas como também a aplicação de multas e demais penalidades. O laboratório de análises clínicas integra, afinal, um sistema de promoção da saúde da população e a preocupação com o descarte dos materiais faz parte disso.

Quer saber como cuidar corretamente do descarte de material gerado em serviços de saúde em seu laboratório? Confira as dicas abaixo!

Separe os resíduos infectantes do lixo comum

O primeiro passo para garantir um descarte adequado dos materiais é ter um processo de separação do lixo comum e dos materiais descartados bem definido e estruturado. De acordo com a ANVISA, os resíduos produzidos por laboratórios e hospitais podem ser classificados nas seguintes categorias:

  • Grupo A: materiais potencialmente infectantes;
  • Grupo B: resíduos químicos;
  • Grupo C: rejeitos radioativos;
  • Grupo D: resíduos comuns;
  • Grupo E: materiais perfurocortantes.

Cada um desses grupos oferece um tipo de risco e requer uma destinação diferenciada. Portanto, separá-los é fundamental para que seja dado o encaminhamento correto a cada um deles.

Descarte nos locais adequados

Entre os grupos de resíduos citados no tópico anterior, apenas o grupo D tem o mesmo destino que o lixo residencial. Os demais precisam de uma atenção diferenciada para evitar os riscos de contaminação e danos ao meio ambiente.

As duas práticas mais utilizadas de destinação final dos materiais infectantes são a incineração e a esterilização em autoclave. O primeiro processo consiste na queima dos resíduos até que eles virem cinzas; no segundo, os materiais são submetidos a um processo de esterilização com vapor e altas temperaturas.

Utilize sacos resistentes

Os materiais gerados em serviço de saúde precisam estar bem acondicionados desde o seu descarte nas lixeiras do laboratório até a destinação final. Para tal, é importante garantir que o saco plástico utilizado no armazenamento e transporte desses materiais seja suficientemente resistente para não rasgar e expor o conteúdo em local inapropriado.

Vale ressaltar que os materiais do grupo E não podem ser descartados diretamente em sacos plásticos – é preciso utilizar um recipiente mais resistente.

Manejo

O manejo engloba o conjunto de ações voltadas à gestão dos resíduos gerados e inclui algumas etapas:

Segregação: separação dos resíduos no momento e local em que foram gerados. São separados de acordo com suas características físicas, químicas, biológicas, estado físico e riscos envolvidos.

Acondicionamento: consiste em embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a quantidade diária gerada de cada tipo de resíduo.

Identificação: esta etapa permite o reconhecimento dos resíduos acondicionados nos sacos e/ou recipientes, que deve conter informações ao manejo correto dos RSS. Cada tipo de resíduo é especificado por cores, símbolos e frases específicos, estabelecidos pela norma NBR 7.500 da ABNT.

Transporte interno: traslado dos resíduos do ponto de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou externo cuja finalidade é a apresentação para a coleta. Deve ser realizado mediante roteiro e horários previamente estabelecidos.

Armazenamento temporário: guarda temporária dos sacos e/ou recipientes com resíduos já acondicionados. O intuito é agilizar a coleta dentro do laboratório e otimizar o tempo de deslocamento entre os pontos geradores e os pontos destinados à apresentação para coleta externa.

Tratamento: o tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.

Armazenamento externo: guarda dos recipientes de resíduos até o momento da coleta externa.

Coleta e transporte externos: consistem na remoção dos RSS do armazenamento externo até a unidade de tratamento ou disposição final. Devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14.652 da ABNT.

Disposição final: disposição de resíduos no solo previamente preparado para recebê-los e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA n° 237/97.

Contrate uma empresa de coleta especializada

A melhor forma de dar uma destinação correta para o resíduos gerados em seu laboratório de análises clínicas é contratando uma empresa de coleta especializada. Ela tem o conhecimento, ferramentas e metodologias adequadas para cuidar dos resíduos da melhor forma e com os menores custos.

O cuidado com o descarte de material gerado em laboratórios é de extrema importância para evitar contaminações e desastres. Adotar as medidas certas é mais uma forma de promover a saúde e o bem-estar dos seus pacientes e de toda a população local.

Para nos acompanhar mais de perto e conferir os conteúdos que postamos no dia a dia, não deixe de nos acompanhar no Facebook, Instagram e LinkedIn.