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abril 18, 2023

A Segurança do Paciente refere-se à redução do risco de danos desnecessários associados aos cuidados de saúde. O intuito, nesse sentido, é evitar ou minimizar erros, lesões e outros eventos adversos durante a prestação de cuidados.

Nesse sentido, a segurança do paciente é responsabilidade compartilhada entre profissionais de saúde, pacientes e suas famílias, bem como sistemas de saúde e reguladores.

Para a garantia da segurança do paciente, é fundamental que haja um ambiente de atendimento seguro, com sistemas e processos bem estabelecidos. Não obstante a isso, é de suma importância que haja uma comunicação clara entre todos os envolvidos, além de uma cultura de segurança.

Isso, por sua vez, inclui a identificação e gerenciamento dos riscos associados aos cuidados de saúde. Diz respeito, também, a melhoria contínua dos processos e sistemas de saúde para prevenir erros.

Para tanto, os profissionais de saúde devem seguir práticas seguras e aderir às diretrizes e protocolos clínicos estabelecidos, bem como comunicar abertamente os erros e eventos adversos que ocorrem durante os cuidados.

Os pacientes e suas famílias também devem estar envolvidos no processo de cuidado, compartilhando informações relevantes e tomando medidas para manter sua segurança.

Nesse sentido, um dos conceitos relevantes para a compreensão da segurança do paciente é o conceito de evento adverso, de maneira um pouquinho mais detalhadinha, pra que isso nos ajude a construir o resto do nosso raciocínio, ok?

Segurança do Paciente: Evento Adverso

E agora falando de maneira mais detalhada, a segurança do paciente está diretamente relacionada ao evento adverso na área da saúde.

Do que se trata esse termo? Eu vou te explicar:

Um evento adverso é: Qualquer incidente não intencional ou resultado indesejado que ocorre durante o cuidado de um paciente. Este, por sua vez, pode estar relacionado a uma intervenção médica ou à ausência de tal intervenção.

Esses eventos podem resultar em lesões ou danos aos pacientes. Isto, por sua vez, inclui, complicações médicas, incapacidade, risco aumentado de morbidade e até mesmo a morte em si.

Nesse sentido, a segurança do paciente é a prática de reduzir o risco de danos desnecessários associados aos cuidados de saúde. O intuito, desse modo é, evitar ou minimizar erros, lesões e outros eventos adversos que venham a ocorrer durante a prestação de cuidados.

Prevenção de eventos adversos

A prevenção de eventos adversos está diretamente ligada à melhoria da segurança do paciente. Nesse sentido, para preveni-los é necessário ter um ambiente de atendimento seguro, com sistemas e processos bem estabelecidos, comunicação clara entre todos os envolvidos e uma cultura de segurança.

Os profissionais de saúde, por sua vez, exercem preponderância na promoção da segurança do paciente e na prevenção de eventos adversos.

É dever destes, portanto, seguir práticas seguras e aderir às diretrizes e protocolos clínicos estabelecidos. Não obstante a isso, é preponderante comunicar abertamente os erros e eventos adversos que ocorrem durante os cuidados.

Além disso, é importante que haja uma abordagem interdisciplinar para garantir a segurança do paciente. Isso, por sua vez, envolve todos os profissionais de saúde, pacientes e suas famílias, bem como os sistemas de saúde e reguladores.

Tá dando pra acompanhar até aqui? Acredito que sim, não é mesmo?

Agora, diante de todo esse panorama, vamos falar um pouquinho mais sobre a real importância da segurança do paciente em serviços da área da saúde? Vem comigo!

Qual a importância da segurança do paciente?

A segurança do paciente é de extrema importância na área da saúde. Ela, nesse sentido, opera impacto direto na qualidade dos cuidados prestados e a confiança que os pacientes possuem no sistema de saúde.

Portanto, a Segurança do Paciente exerce preponderância, uma vez que, minimiza riscos de danos desnecessários associados aos cuidados de saúde.

Desse modo, opera para garantir que os pacientes recebam cuidados de alta qualidade, e, consequentemente, atendam às suas necessidades e expectativas.

Além disso, quando há uma cultura de segurança, sistemas e processos estabelecidos, os profissionais de saúde podem se concentrar em fornecer cuidados de qualidade. Esforço este que, anteriormente era gasto com o trato de eventos adversos evitáveis.

Isso, por sua vez, conduz a redução, tanto de tempo de internação, quanto de custos e recursos necessários para lidar com erros médicos.

Ainda nesse sentido, a segurança do paciente também é importante para o sistema de saúde como um todo, pois conduz a redução em:

  • Reivindicações de indenização;
  • Redução da perda de receita;
  • Manutenção da reputação e credibilidade da instituição.

A melhoria da segurança do paciente conduz as instituições de saúde a melhoria de resultados financeiros e a manutenção da sustentabilidade a longo prazo.

O que é o Programa Nacional de Segurança do Paciente?

O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) é uma iniciativa do Ministério da Saúde do Brasil. Criado em 2013, o PNPS foi idealizado com o objetivo de promover a segurança do paciente em todo o sistema de saúde brasileiro.

O programa, nesse sentido, visa a identificação, análise e prevenção de eventos adversos, bem como a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde.

Para tanto, o PNSP é composto por várias estratégias e ações, incluindo implementação de protocolos de segurança do paciente e notificação de eventos adversos.

Dizem respeito, também, a estas estratégias, a capacitação de profissionais de saúde e o uso de tecnologias para melhorar a segurança dos pacientes.

Programa Nacional de Segurança do Paciente e as 6 metas de segurança da Organização Mundial da Saúde

Em relação às seis metas de segurança do paciente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o PNSP faz referência a elas e as utiliza como uma referência para suas próprias metas e estratégias de segurança do paciente. As seis metas da OMS incluem:

  • Identificação correta do paciente, o que envolve garantir que o paciente correto receba o tratamento correto e direcionada a ele, especificamente, realizando identificação adequada, uso de pulseiras identificadoras, etc.;
  • Comunicação efetiva entre os profissionais de saúde para garantir que as informações críticas sejam transmitidas de forma clara e precisa;
  • Melhoria da segurança no uso de medicamentos, o que implica em evitar erros na administração de medicamentos, como prescrição incorreta, doses erradas, etc;
  • Cirurgia segura, envolve a garantia de segurança do paciente durante o processo cirúrgico, como a preparação adequada, uso correto de equipamentos, higienização e prevenção de infecções;
  • Prevenção de quedas e lesões por pressão que visa evitar e promover ações de cuidados específicos para prevenir quedas e lesões por pressão em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida;
  • Redução do risco de infecções hospitalares que visa, através de medidas de higiene como a constante lavagem das mãos, prevenir pacientes do contágio com infecções.

O PNSP faz referência a essas metas da OMS e trabalha para incorporá-las em suas próprias ações e estratégias de segurança do paciente.

O objetivo, nesse sentido, é promover uma cultura de segurança do paciente em todo o sistema de saúde brasileiro, melhorando a qualidade dos cuidados e reduzindo a incidência de eventos adversos.

Algumas legislações brasileiras, como a Resolução da Diretoria Colegiada de nº36 ou simplesmente RDC 36, desenvolvem um conteúdo completamente atrelado às normas que orientam a segurança do paciente. E é esse ponto seguinte da nossa reflexão:

Segurança do Paciente e a RDC 36

A RDC 36 é uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil, publicada em 2013, que estabelece as boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde.

Ela define diretrizes para a organização, funcionamento e avaliação dos serviços de saúde, com o objetivo de garantir a segurança dos pacientes e a qualidade dos cuidados de saúde.

A Resolução está conectada à segurança do paciente, pois ela estabelece requisitos mínimos para a gestão de riscos nos serviços de saúde. Ela, ainda, estabelece que as instituições de saúde devem identificar e avaliar os riscos potenciais para a segurança dos pacientes em suas atividades, bem como adotar medidas para preveni-los e controlá-los.

A RDC 36 exige, nesse sentido, que os serviços de saúde estabeleçam um Comitê de Segurança do Paciente para coordenar e monitorar as atividades relacionadas à segurança do paciente.

Além disso, a resolução exige que os serviços de saúde implementem medidas para garantir a identificação correta dos pacientes, a comunicação efetiva entre os profissionais de saúde, a segurança no uso de medicamentos, a segurança cirúrgica, a prevenção de quedas e lesões por pressão, e a prevenção de infecções hospitalares – metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por fim, a Resolução estabelece, também, requisitos para a notificação de eventos adversos pelos serviços de saúde, com o objetivo de promover a transparência e a melhoria contínua da qualidade e segurança dos cuidados de saúde.

A RDC 36/2013 e a Gestão de risco

A RDC 36/2013 estabelece diretrizes para a implantação de medidas de gestão de risco em serviços de saúde. Essas medidas envolvem a identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos associados à assistência à saúde, com o objetivo de garantir a segurança do paciente e a melhoria contínua da qualidade dos serviços.

A gestão de risco, por sua vez, envolve uma abordagem sistêmica e multidisciplinar, que inclui a identificação dos riscos, a avaliação de sua probabilidade e impacto, a implementação de medidas preventivas e corretivas, e o monitoramento contínuo dos resultados.

Dessa forma, a RDC 36/2013 se conecta com a segurança do paciente, pois estabelece medidas para garantir a identificação e gerenciamento dos riscos associados à assistência à saúde, incluindo os riscos que podem afetar a segurança dos pacientes.

Através da implementação de medidas de gestão de risco, os serviços de saúde podem identificar e corrigir problemas que possam afetar a segurança do paciente, como a ocorrência de eventos adversos, erros de medicação, infecções hospitalares, entre outros.

Assim, a gestão de risco é uma ferramenta importante para a promoção da segurança do paciente, contribuindo para a redução da ocorrência de eventos adversos e para a melhoria contínua da qualidade da assistência à saúde.

RDC 36/2013: Gestão da Qualidade e Gestão de Risco

A RDC 36/2013 estabelece, também, diretrizes para a gestão de risco em serviços de saúde. Isto, por sua vez, inclui a identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos associados à assistência à saúde.

Nesse sentido, o objetivo da RDC 36/2013 é garantir a segurança do paciente e a melhoria contínua da qualidade dos serviços.

A gestão da qualidade, por sua vez, é uma abordagem sistêmica que busca garantir a satisfação dos pacientes, por meio da melhoria contínua dos processos.

Assim, gestão de risco e gestão da qualidade estão diretamente relacionadas. Nesse sentido, ambas buscam a melhoria contínua da qualidade dos serviços de saúde e a satisfação dos pacientes.

A gestão de risco contribui para a gestão da qualidade, pois permite identificar e gerenciar os riscos associados à assistência à saúde. Isto, por sua vez, previne a ocorrência de eventos adversos e garante a segurança do paciente.

Dessa forma, a RDC 36/2013, ao estabelecer diretrizes para a gestão de risco em serviços de saúde, se conecta com a gestão da qualidade.  Sua conexão, nesse sentido, está na contribuição para garantia da segurança do paciente e melhoria contínua dos processos e serviços de saúde.

Segurança do paciente e a Gestão da Qualidade

A gestão da qualidade contribui para a melhoria contínua da segurança do paciente, a medida que abrange, também, o gerenciamento de riscos, bem como a implementação de práticas baseadas em evidências para a melhoria da qualidade e segurança dos cuidados de saúde.

Além disso, a gestão da qualidade também inclui a padronização de processos e a definição de indicadores de desempenho que podem ser utilizados para monitorar e avaliar a segurança do paciente.

A implementação de um sistema de gestão da qualidade, dessa forma, pode ajudar a promover uma cultura de segurança do paciente, incentivando a colaboração e a participação de toda a equipe de saúde na identificação e prevenção de riscos e na melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados.

Portanto, a segurança do paciente e a gestão da qualidade são interdependentes e complementares, contribuindo para a garantia de serviços de saúde seguros e de qualidade para os pacientes.

É claro que, ao abordar todas essas questões, é possível perceber que, no que diz respeito a Gestão da Qualidade, Gestão de Riscos, RDC 36 e Segurança do Paciente, há uma conexão clara e esses conceitos se entrelaçam e são perpassados uns pelos outros, no entanto, é importante destacar que, no topo dessa lista está a Gestão de Qualidade, que possui ações relativas a todos os demais itens citados.

Considerações Finais

A busca pela conformidade a todos esses itens no seu estabelecimento da área da saúde, nesse sentido, pode até parecer complexo demais, mas ele pode ser expressivamente descomplicado, se você der a um software de gestão da qualidade a licença para cuidar desses assuntos.

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E assim eu me despeço:

Até logo! 🙂