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junho 27, 2019

Você segue à risca as normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas da Anvisa? Essa é uma questão que vai muito além do cumprimento de obrigações legais. Trata-se de medidas que visam proporcionar mais segurança e proteger profissionais, pacientes e meio ambiente. Logo, o controle da biossegurança em laboratórios de análises clinicas é um assunto sério!

Se você tem dúvidas se o seu estabelecimento está em dia em relação a isso, confira neste artigo o que a Anvisa recomenda, quais são os principais riscos e os níveis de biossegurança determinados pela agência. Ao final, você perceberá que existem bons motivos para se preocupar com essa questão. Boa leitura!

O que diz a Anvisa sobre biossegurança em laboratórios de análises clínicas ?

A Anvisa — Agência Nacional de Vigilância Sanitária — é o órgão federal responsável por estabelecer e fiscalizar, entre outras coisas, as normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas. Dessa forma, o primeiro passo para ter uma empresa em dia com suas obrigações legais é entendê-las melhor, como mostraremos abaixo.

Conceito de biossegurança

A biossegurança é um conjunto de medidas que previnem riscos inerentes às atividades laboratoriais que possam comprometer a saúde dos profissionais, dos pacientes ou do meio ambiente. Logo, ela representa uma série de ações e cuidados, de forma a garantir a proteção necessária aos envolvidos.

Práticas no ambiente laboratorial

No ambiente laboratorial, os profissionais precisam tomar alguns cuidados específicos, como manter os cabelos presos, evitar o uso de acessórios, como brincos e anéis, e estar sempre com os devidos EPI’s.

A limpeza e a higienização do local precisam ser constantes. O manejo das amostras e dos equipamentos deve seguir padrões preestabelecidos para evitar contaminações, tanto do conteúdo a ser examinado quanto do próprio funcionário.

Uso de EPI’s

Os EPI’s — Equipamentos de Proteção Individual — são requisitos básicos das normas de biossegurança. Eles devem ser utilizados, obrigatoriamente, de acordo com cada situação. Os principais são:

  • luvas descartáveis;
  • luvas especiais, para situações de muito frio ou calor;
  • avental, touca e sapatos fechados, para evitar o contato com agentes infectantes;
  • óculos e máscaras.

Sinalização do local

Além dos cuidados individuais, é fundamental que o local seja corretamente sinalizado. Ambientes restritos devem manter um aviso na porta, com a indicação do símbolo referente ao risco que eles oferecem.

O estabelecimento também deve contar com rotas de fuga bem sinalizadas e planos de contingência para os principais eventos passíveis de acontecer. Lembrando que as amostras e os itens envolvidos no transporte também precisam ser devidamente identificados.

Quais são os riscos de biossegurança em laboratórios de análises clínicas?

Os riscos de biossegurança em laboratórios podem ser classificados em 5 categorias, que vamos explicar melhor a seguir.

Físicos

Qualquer fator que cause danos físicos às pessoas ou ao ambiente. Os principais exemplos são os ruídos e os gases emitidos por máquinas, a exposição à radiação ou à variação acentuada da temperatura, os escorregões, entre outros.

Químicos

Possibilidade de contaminação provocada por agentes químicos, que podem penetrar no organismo por meio da pele, vias aéreas ou cortes. Em geral, é mais perigoso para os profissionais no momento de manipulação de substâncias diversas.

Biológicos

Risco de contaminação por seres vivos, que podem ser vírus, bactérias ou outros microrganismos. O ponto de atenção está nas chances de transmissão e propagação de doenças contagiosas.

Ergonômicos

São questões relacionadas ao conforto proporcionado pelos móveis e configurações de equipamentos dos profissionais. As desconformidades dos padrões de mesas, bancadas e cadeiras podem gerar danos às articulações e à coluna dos colaboradores, além de dores persistentes ao longo do dia.

Acidentais

São todos os riscos aos quais os profissionais estão expostos e que podem ser prevenidos com algumas práticas, como uso de equipamentos com todos os itens de segurança em dia, chão sempre livre de resíduos e sinalização adequada nos locais.

Quais são os níveis de biossegurança determinados pela Anvisa?

Nem todo risco é igual, por isso a Anvisa segue uma classificação que oscila conforme a gravidade dos danos que cada um deles pode causar. Veja abaixo.

NB-1

O primeiro nível de risco envolve situações em que não há um agente de contaminação grave. Nesses casos, o setor de análises não precisa ser alocado em um espaço diferenciado, bastando aos profissionais o uso de EPI e boas práticas de manuseio dos equipamentos e materiais.

NB-2

No segundo nível, existe um risco baixo de contaminação, em geral, por doenças infecciosas e agentes biológicos mais simples. Aqui, além dos cuidados do nível anterior, as instalações devem esterilizar todo o material antes do descarte, isolar as amostras durante o processo de centrifugação por causa da formação de aerossóis e restringir o acesso ao local durante a realização das análises.

NB-3

No terceiro nível, o agente de contaminação é um microrganismo capaz de desenvolver doenças mais graves nos seres humanos. Isso requer o uso de cabines e roupas adequadas para impedir o contato direto do profissional com o agente patológico, além dos cuidados tomados no nível 2.

NB-4

O nível 4 é o grau máximo de risco, que acontece em casos de agentes altamente contagiantes, cuja transmissão pode se dar pelo ar e causa doenças letais. Nesses casos, além de todas as precauções citadas nos níveis anteriores, o local deve ser isolado e o acesso ainda mais restringido.

Por que implementar as normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas da Anvisa?

Como vimos, os laboratórios de análises clínicas oferecem muitos riscos à saúde de seus profissionais, pacientes e ao meio ambiente. As normas de biossegurança da Anvisa auxiliam na proteção de todos os envolvidos, proporcionando mais segurança e tranquilidade.

Para ter máxima eficiência na aplicação dessas medidas, é essencial contar com a ajuda de um software. Ele será capaz de identificar os pontos de melhorias e de manter o cumprimento das recomendações sempre em dia

Agora que você aprendeu um pouco mais sobre as normas de biossegurança da Anvisa, é hora de olhar para o seu estabelecimento e ver se tudo está dentro dos conformes. Além de evitar a aplicação de multas e demais penalidades, as práticas de melhoria da biossegurança em laboratórios de análises clínicas tornam o ambiente muito melhor, com profissionais motivados e satisfeitos.

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